Até o fim deste ano, 19% das vendas do e-commerce devem ocorrer em dispositivos móveis.

Em 2021, a projeção é de que essa participação salte para 41%1. Esse crescimento, por si só, já seria suficiente para que as empresas colocassem o mobile no centro das suas estratégias. Mas ainda há outros motivos para embarcar nessa tendência. Confira:

INTERNET, SÓ PELO SMARTPHONE

Nove em cada dez brasileiros têm celular, sendo que 57%2 da população possui um smartphone. Ou seja, quem não tiver um aplicativo ou um site responsivo, que se adapte ao tamanho da tela do dispositivo, não vai oferecer uma experiência agradável a esse público. “A melhoria no acesso à internet e o crescimento do mobile torna o e-commerce mais atraente para os consumidores”, diz Alexander Tabor, CEO do Peixe Urbano.

“Mas justamente pela variedade de opções e concorrência entre as plataformas, tornar-se um canal diferenciado é, hoje, o nosso maior desafio”.

É PELO MOBILE QUE ELES CHEGAM LÁ

Mais de 35%¹ do tráfego dos principais varejistas já vêm de dispositivos móveis. No Brasil, é o caso de gigantes como C&A (43%)¹, Americanas.com (43%) e Submarino.com (40%). Quem não estiver preparado para essa tendência, perderá espaço para a concorrência. “Na Decolar, 60% das buscas ocorrem em uma plataforma mobile. Mas esse número alto de pesquisas e o crescimento em vendas faz com que o mobile seja hoje nosso principal foco de investimento”, ressalta Fernando Vargas, diretor financeiro da Decolar.com.

INTEGRAR LOJA FÍSICA E E-COMMERCE CONTA PONTOS

O consumidor transita por vários dispositivos e canais ao longo do dia na hora de pesquisar e comprar produtos ou serviços. Para se ter uma ideia, 25%3 deles já adotam o celular na hora de fazer uma compra dentro da loja. Por isso, ser omnichannel é uma forma de melhorar a experiência do cliente e fazer com que ele volte. Pesquisas indicam, por exemplo, que consumidores multicanal são mais fiéis e gastam até 40%¹ mais. “Os melhores varejistas realmente não diferenciam o físico do digital. Eles precisam oferecer a experiência e a conveniência que o cliente exige, quando ele exige”, avalia Ed Nardoza, editor-chefe da revista Women’s Wear Daily. “A loja física não está morta, mas agora é apenas uma plataforma. O crescimento mais rápido está acontecendo no celular, e as marcas e lojas de maior sucesso estão se adaptando e encontrando maneiras de manter suas identidades consistentes em todos os canais”.

O CELULAR VIROU CARTEIRA

O consumidor busca, cada vez mais, formas seguras e rápidas de pagar. E aplicativos como o Masterpass por Mastercard e o Apple Pay vêm proporcionando isso ao transformar os smartphones em carteiras digitais. Por meio deles, é possível pagar pela internet, com apenas um clique, ou nas lojas físicas, pela tecnologia de aproximação sem contato, apenas apontando o aparelho para a máquina de pagamento. De acordo com pesquisas, 45%4 dos millennials (aqueles com idades entre 18 e 34 anos) já usam o celular como carteira digital. “O futuro do e-commece está no mobile e na capacidade de realizar serviços e compras com alguns toques, na palma da mão. Hoje, os smartphones são uma extensão dos consumidores”, diz Tabor. “Foi necessário investir em tecnologia para que nos tornássemos não só um site de compras, mas também um e-commerce”.

O FUTURO É PROMISSOR

Além dos meios de pagamento via mobile estarem cada vez mais seguros (um “token”, por exemplo, já substituiu informações do cartão por um número de conta digital habilitado apenas para transações naquele determinado dispositivo), eles também estão mais inovadores. Em países como os EUA e o Canadá já é possível pagar com o smartphone usando a impressão digital ou por meio de selfie. Ou seja, a tendência é que o mobile traga tudo o que o consumidor, cada vez mais conectado e moderno, exige: conveniência, flexibilidade, boa experiência de compra e segurança na hora de comprar e de pagar.

Fontes: Mastercard. (1) Forrester Data Custom Web-Influenced and Online Retail Forecast, 2016 to 2021 (Brazil).

(2) Kantar Worldpanel Comtech. (3) Reality in Retail 2015 report. (4) EMV AND NFC THE TOP PAIN POINT

IN THE PAYMENTS EXPERIENCE—AND HOW TO FIX IT; Square 2016