O cérebro eletrônico faz tudo
Quase tudo
Quase tudo
Mas ele é mudo
O cérebro eletrônico comanda
Manda e desmanda
Ele é quem manda
Mas ele não anda
Só eu posso pensar
Se deus existe, só eu
Só eu posso chorar quando estou triste
Só eu
Eu cá com meus botões de carne e osso
Eu falo e ouço
Eu penso e posso
Eu posso decidir se vivo ou morro por que
Porque sou vivo
Vivo pra cachorro e sei
Que cérebro eletrônico nenhum me dá socorro
Em meu caminho inevitável para a morte
Porque sou vivo, ah
Sou muito vivo e sei
Gilberto Gil
Descubra como a Inteligência Artificial está redefinindo o marketing e o branding. Aprenda as melhores práticas e estratégias inovadoras para preparar sua marca para o futuro digital.
Palavras-chave: Inteligência Artificial, Marketing Digital, Branding, Estratégias de IA, Inovação em Marketing
Por Daniel Fonseca
Na fronteira da inovação digital, a Inteligência Artificial (IA) surge como o epicentro da transformação no marketing e branding. Assim como a Internet redefiniu o panorama empresarial há duas décadas, a IA está agora pavimentando o caminho para uma nova era de comunicação de marca. Neste artigo, exploraremos como a IA está influenciando o marketing e o branding, e como sua empresa pode implementar práticas de ponta para se manter relevante no mercado competitivo de hoje.
A Evolução do Marketing e Branding através da IA:
Em 1990, a vida do profissional de marketing era mais simples. Tínhamos a TV, o Rádio, as Revistas e os Jornais – talvez algumas placas nas ruas. E tínhamos as onipresentes listas amarelas. Como a chegada da internet tudo isso mudou drástica e rapidamente. A finada lista telefônica, onde toda empresa que se prezava deveria estar acabou. As cinco opções de meios de mensagem transformaram se em uma miríade de opções de todo tipo e para todo gosto. De realidade aumentada a OOH.
O dilema passou a ser: como minha marca pode ganhar relevância e minha mensagem ganhar atenção em um mundo em transformação constante e hipercompetição pela atenção?
Em 2014, uma pessoa comum via cerca de 5 mil marcas por dia. Em 1984, eram 2 mil. Foi o que concluiu uma pesquisa da Media Dynamics publicada pelo SJ Insights. Hoje, calcula-se que uma pessoa:
- É exposta a mais de 12 mil marcas por dia;
- É exposta a 1180 anúncios por dia;
- Nota 164 desses anúncios;
- Retém na memória 96 deles;
- Está disposta a se engajar com 16 deles.
O aumento da exposição a anúncios cresceu nos últimos 80 anos, mas a disponibilidade para o engajamento não acompanhou esse crescimento. Significando que, apesar da hiper competição pela atenção, o consumidor não consegue ou deseja se envolver mais do que já se envolvia no passado.
Como contornar essa saturação pela atenção e ganhar relevância?
Provavelmente a resposta seja servir melhor, entregando valor específico para cada individuo. Porém é humanamente impossível personalizar cada comunicação e oferta. Humanamente.
Neste contexto, é que a IA pode nos ajudar a servir cada consumidor de maneira única e melhor. Compreendendo e antecipando suas necessidades e demanda de forma afirmativa e antecipada.
Quando a situação torna-se por demais complexa, é preciso voltar ao básico e reexaminar o cenário. Neste caso, lembrar que cabe ao marketing entregar o melhor produto, ao melhor preço, com a melhor comunicação, atendendo, vendendo e entregando com excelência e cuidando para que a experiência seja ciclíca, recorrente e positiva para cada cliente.
Será através da IA que conseguiremos tratar cada individuo como único.
- Entendendo a IA no Contexto de Marketing:
a primeira etapa dessa compreensão é entender a IA como ferramenta. Ela não faz nada sozinha. Alguém precisa dar o start. Neste sentido, é preciso contextualizar duas outras coisas importantes: todos nós precisaremos aprender a “promptar” melhor, pois este é comando originário; e a terceira coisa muito importante é: nosso mundo é dinâmico e complexo em suas relações de interdependência, ou seja, a cada momento precisaremos estar avaliando, validando e corrigindo o nosso prompt de comando para IA, ainda que ela possa de alguma forma se corrigir sozinha será sempre em termos. Nós, humanos, seremos necessário para o bom funcionamento. Dito isso, a IA é uma ótima ferramenta para multiplicar por n+1 nossa capacidade de personalizar nossa entrega. - Boas Práticas de IA para Departamentos de Marketing:
atualização constante. Integração homem-máquina. Especialistas em prompt. E o tradicional e indispensável clássico: PDCA. Planejar + Fazer + Checar + Agir. Revisões constantes de cenários, prompts e resultados continuarão a ser necessário. - Casos de Sucesso:
o Google é o nosso maior caso de sucesso de IA. A quase onipresente e onisciente plataforma consegue entregar uma experiência individualizada à cada um dos seus bilhões de usuários. Ainda que sua chegada desastrosa ao universo hype das plataformas generativas mostre que eles também erram, a sua presença ampla no nosso dia a dia do Youtube, ao buscador, ao Waze passando pelo GoogleMaps, Earth e Gmail mostra o quanto ele consegue entregar de individualidade e valor a cada um dos seus usuários. E quanto requalificou nossas vidas pessoais e profissionais. - Desafios e Considerações Éticas:
os maiores desafios da IA, ao meu ver são dois. Um humano e um tecnológico. O primeiro diz respeito a nossa formação social de valores éticos e comportamentais. O ser humano é um desafio em si. Se ainda convivemos com realidades tão díspares de civilização, com a chegada da IA isso tende a se agravar. Cabe a nós assumirmos o compromisso valioso de usá-la para o avanço da sociedade e não para farças e blefes. O segundo desafio é a computação quântica que permitirá a IA realizar todas as sinapses que a civilização já foi capaz de realizar em questão de poucos minutos. O que isso significa? Não faço a menor idéia. E acho que quase ninguém sabe os perigos que tamanho poder de processamento pode gerar. - O Futuro do Marketing com IA:
entendo que o futuro trará um trabalho de marketing muito mais empático e humano. Graças a IA. Uma vez que o profissional de marketing estará cada vez mais interessado no humano do outro lado. Em como sua marca poderá servir melhor e ganhar relevância sendo útil e gerando valor para seus stakeholders.
Conclusão:
reafirmo a importância de estarmos update em relação às inovações da IA e nos anteciparmos na nossa educação relativa ao “promptar”. Assim sendo, recomendo que, mais que à IA, continuemos estudando o humano, nossos consumidores, suas necessidades e a desenvolver nossa capacidade empática, cada dia mais valiosa.
Finalmente, a IA nos permitirá ganhar relevância e atendermos cada vez melhor nossos clientes em suas particularidades e individuais necessidades.